COVID-19 e cancro
A Organização Mundial de Saúde declarou a COVID-19 como pandemia a 11 de março de 2020, com 118.326 casos confirmados, 4.292 mortes reportadas e uma taxa de mortalidade global na ordem dos 3,6%.
A nível mundial, o aumento da taxa de mortalidade por SARS-CoV-2 associou-se à idade avançada e às comorbilidades associadas como a patologia cardiovascular, a diabetes ou o cancro.
O cancro e a imunossupressão causada pelos fármacos utilizados colocam os doentes oncológicos num grupo de alto risco para infeção SARS-CoV-2.
Os doentes com cancro do pulmão associam-se a um risco superior de complicações pulmonares pelo SARS-CoV-2, pelo que o risco/benefício das terapêuticas utilizadas nestes doentes em contexto pandémico, têm de ser considerados e avaliados individualmente.
Dada a relevância do contexto epidemiológico atual o Grupo de Estudos de Cancro do Pulmão e a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, emitiram em conjunto recomendações relativas à melhor abordagem dos doentes com tumores torácicos (recomendações).
Na tentativa de expandir o conhecimento e facilitar a pesquisa cientifica dos sócios do GECP decidimos fazer também uma coletânea de várias normas de orientação nacionais e internacionais relacionadas com COVID-19 e cancro, assim como de alguns artigos soltos que selecionámos por nos parecerem poder ter algum interesse a quem trabalha nesta área.
Para terminar gostaríamos de expressar o nosso apreço e gratidão a todos os colegas e profissionais de outras áreas da saúde que tratam diariamente com doentes infetados com SARS- CoV-2 e também aos que, apesar da gravidade do contexto epidemiológico, continuam a prestar tratamento e um imprescindível suporte diário aos doentes com tumores torácicos permitindo desta forma diminuir os danos colaterais desta pandemia.
A informação reporta a Abril de 2020.